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A galáxia mais distante de todas! O que se sabe sobre ela?


Como já falamos muito sobre a escala do universo nos vídeos anteriores,acredito que não seja necessário repetir isso. Inicialmente, é importante compreender que o universo é inimaginavelmente vasto e há inúmeras galáxias de todos os tipos. Desta vez, vamos apresentar a galáxia mais distante de todas. A luz que chega dessa galáxia provavelmente foi emitida antes da criação da Via Láctea, portanto, obviamente antes da existência do Sol e da Terra. Como descobriram essa distância? Geralmente, quando é necessário conhecer a distância entre a galáxia e a Terra, os especialistas medem o “desvio para o vermelho”, conhecido como redshift. Redshift é um fenômeno no qual o comprimento de onda da luz, que chega de um corpo celeste distante, muda e se torna "vermelho", por diversas razões. Normalmente, os redshifts cosmológicos são utilizados mais frequentemente em relação às galáxias muito distantes, mas para entenderem melhor, é preciso analisar uma outra coisa antes. Como todos sabem, o universo está em constante expansão. A expansão só pode ser percebida através dos corpos celestes que estão muito distantes e que não ficam presos ao seu próprio peso. Por exemplo, com base no tamanho do universo, a Galáxia de Andrômeda está muito próxima da Terra e, juntas, fazem parte de um grupo de galáxias locais, conectadas pela gravidade. Todas as galáxias deste grupo estão "grudadas" entre si e jamais se "separam", mesmo com a expansão do universo. Portanto, as galáxias não estão se separando umas das outras e, ainda, dependendo do local, está ocorrendo o contrário. Por exemplo, como apresentamos no vídeo anterior, um dia, a galáxia Via Láctea acabará colidindo com a galáxia de Andrômeda. Pois bem, a longínqua galáxia apresentada desta vez, não está conectada à Via Láctea, por isso, com a expansão do universo, ela acaba se distanciando da Via Láctea, como se fosse uma folha ou um barquinho de papel feito por uma criança sendo levada pelo fluxo do rio. A luz emitida por ela, para conseguir competir com a expansão do universo, acaba consumindo muita energia. Por isso a luz que chega à terra está exausta, enfraquecida e avermelhada. O Recordista Não é fácil dizer qual galáxia é a mais distante conhecida pela humanidade. Isso porque existem alguns problemas com o cálculo. Normalmente, a maioria dos especialistas consideram a GN-z11, na Ursa Maior, a galáxia mais distante. Esta galáxia tem uma aparência bastante simples quando vista pelo telescópio e parece uma mancha vermelha, com formato de um boneco redondinho. A luz que chega desta galáxia é muito antiga e foi emitida há 13,4 bilhões de anos, ou seja, quando o universo ainda tinha menos de 400 milhões de anos. Se o GN-z11 ainda existir, ele deve estar a 32 bilhões de anos-luz da Terra. Esta galáxia seria uma janela para o passado. Pouco antes da formação desta galáxia, o universo era como um oceano sem fim, com uma mistura relativamente uniforme de hidrogênio e hélio. Essa era é chamada de "Idade das Trevas" e, com a condensação das substâncias no meio do mar, nasceu a primeira "ilha", que foi a primeira estrela do universo, resultando no fim dessa era. Acredita-se que a GN-z11 foi uma das pioneiras em reunir um grupo relativamente grande das primeiras estrelas do universo. Essas estrelas ainda não eram muito parecidas com o Sol, especialmente por causa do seu baixo teor de metal, então provavelmente não existia um planeta com uma superfície dura. As primeiras estrelas eram grandes e de vidas muito curtas, que foram classificadas como “População III” e que não sobrevivem nem por um milhão de anos. Como a jovem estrela explodiu? O universo que existe há milhões de anos pós a "Idade das Trevas" é analisado com base nas galáxias distantes. No entanto, às vezes outro fenômeno é descoberto e tantos outros fatos são revelados. Como exemplo, tem-se a excepcional explosão de raios gama chamada GRB 090423, observada em 23 de abril de 2009. A luz gerada por essa explosão atingiu a Terra depois de mais de 13 bilhões de anos. Esta luz foi incrivelmente brilhante e durou alguns segundos. Geralmente, quando ocorre uma explosão de raios gama, é possível observar o “brilho residual” desse forte clarão. No entanto, o brilho residual de GRB 090423 foi bastante fraco, e a maior parte foi emitida na faixa do infravermelho. Talvez isso ocorreu devido às características do universo primitivo, ou porque a estrela que foi a causa do clarão estava coberta por uma espessa nuvem de poeira.A GRB 090423 deixou a prova de que havia uma estrela supermassiva no início do universo e que foi capaz de causar uma supernova, encerrando sua vida com um brilho deslumbrante. Essas explosões deram origem a novos corpos celestes, que criaram matérias e depois se explodiram – e assim se repetiu há bilhões de anos. Até que, finalmente, houve uma alteração significativa na composição das estrelas da geração seguinte, formando planetas semelhantes à Terra, com superfícies mais duras.

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